terça-feira, 20 de outubro de 2020

A face tecnológica da educação e o projeto neoliberal entreguistas e mercantilista

 A relação direta entre tecnologia e educação sempre existiu e não se faz, ou pelo menos não deveria se fazer, surpresa a ninguém na pandemia.

A educação não nasce exclusivamente da abstração, no sentido de se desligar da realidade concreta da sociedade, mas em relação direta com tudo que a humanidade cria e recria, constrói e destrói, da sua evolução e desenvolvimento que podemos classificar desde o período neolítico, de transição da pré-história para a história, no qual a sociedades tornam-se mais complexas. A educação teve a função de manter o "status quo" reproduzindo e as relações de poder hegemônicas correspondente a cada período até os dias de hoje. A necessidade levou o ser humano a criar e construir escolas, desenvolver propostas pedagógicas e desenvolver recursos didáticos, os quais podemos considerar a aplicação de recursos  no sistema de aprendizagem.

Na história contemporânea, houveram mudanças efetivas nos paradigmas que norteavam a educação, apresentando novas formas e metodologias de ensino e seus objetivos.

Com o advento das políticas liberais travestida de democratização, países conhecidos como imperialistas, em nome do progresso e do desenvolvimento que matou milhões de pessoas dos continentes africano, asiático, Oceania e a própria América, exploraram o máximo que foi possível deixando explícito e implícito, formas de educar tanto povos com os quais se viam em conflito como seus próprios povos. Regimes totalitários como o fascismo e o nazismo também nos apresentam formas de educar baseadas na queima de livros e na mentira. Mais uma face do capitalismo em ação.   

O neoliberalismo com sua voracidade anti Estado, ou melhor, em defesa do Estado Mínimo contrariando os serviços básicos que atendem as necessidades fundamentais da população, pois tudo que está sob controle do Estado não é passível de exploração de forma privada. Umas das grandes falácias dos governos que representam os interesses dos grandes empresários, industriais, banqueiros, latifundiários que defendem a hipótese meritocrática em detrimentos dos fatos históricos que deixam claro, segundo a afirmação de Silvio de Almeida, Allyson Leandro Mascaro, Florestan Fernandes, Caio Prado Jr., entre outros, que vivemos numa sociedade desigual e esta desigualdade está enraizada na estrutura política, econômica e social do Brasil. Os setores da economia de iniciativa pública se coloca em prática na lógica da exploração, acumulação e concentração de riquezas quando destina às mãos de pouquíssimas pessoas tudo que é produzido no país, pois ele (o Estado) é a instância política onde se delibera a objetivação dos interesses de classes. As estatísticas apontam para o aumento de bilhões dos na riqueza contabilizada dos super ricos brasileiros em meio a pandemia, sobre a qual a miséria também aumenta desmesuradamente, a concentração da terra aumenta, as queimadas em áreas indígenas se alastram como nunca, o assassinato da população negra fica escancarada.

Como a escola pública, ou o sistema de ensino público, realiza parceira com o grande capital, ou seja, como se alia aos ricos que elevam suas riquezas num momento de crise e empobrecimento do povo exigindo dos trabalhadores que sacrifiquem sua própria vida e de sua família? Podemos apontar tres fatores elucidativos. Primeiro, garantir a política premeditada de transferência de fundo público, ou seja, usar o dinheiro público como forma de investimento em parcerias com empresas privadas como se estivesse resolvendo problemas de caráter emergencial da sociedade. Segundo, usar o mesmo fundo público na compra de equipamentos que não resolvem os problemas pedagógicos em meio a pandemia. Em terceiro, e por último, no fornecimento de dados de usuários das redes com a implementação do ensino remoto como nos nos mostra o artigo de um grupo de pesquisa científica Lavits. O business não é progresso, não é benefício para nós trabalhadores, nossas vidas não são mercadorias que podem ser agenciadas de forma ecusa por uma classe que detém a hegemonia econômica e política neste momento da história.

Abaixo está o link de um grupo de pesquisas, Lavits, no qual podemos obter informações que interessam a grandes corporações sobre os dados de cada usuário da rede. Após assistir o documentário veiculado pela corporação Netflix, "O Dilema das Redes", o artigo publicado no site da Lavits faz muito mais sentido.

Boa leitura a todas e todos e, como sempre, divirtam-se! Estudar não é castigo!

 

https://lavits.org/secretarias-de-educacao-entregam-alunos-de-bandeja-como-clientes-para-gigantes-da-tecnologia/?lang=pt          

segunda-feira, 20 de julho de 2020

Projeto interdisplinar ERER+

Olá a todas  e todos.
Como é de conhecimento, estamos em fase de implementação de um projeto importantíssimo para a comunidade escolar, para a sociedade como um todo. O machismo, a homofobia, a xenofobia, o racismo são práticas que devem ser combatidas.
Por isso, na intenção de aprofundar estes temas, nós, professores da Escola Neuza de Oliveira Previde, convidamos nossos alunos e alunas para participarem deste debate construtivo, para nossa comunidade escolar e além dela.
Sejam bem vindas e bem vindos.
O encontro será às 19h com nosso convidado Prof. Alexandre Marques de Freitas que irá apresentar o tema "Racismo Estrutural"

Esperamos por vocês
 

 

Uma breve apresentação do tema que está em discussão na sociedade que é o "Racismo Estrutural". Sílvio Almeida aborda de maneira muito interessante o assunto e deixa claro que não é possível combater o racismo sem que se combata o capitalismo e a sociedade de classes, pois estão intrinsecamente ligadas na forma e lógica de funcionamento.
A partir deste ponto iremos caminhar com o intuito de alcançar longas distâncias que nos possibilite atingir objetivos criticos e transformadores.

Assistam!
Boa aula e divirtam-se!

segunda-feira, 13 de julho de 2020

Encontro hoje sobre racismo e antirracismo

Boa tarde!!

Convocação geral para participar do encontronao vivo hoje no YouTube.

Queridinho e queridinhas, tudo bem com vocês? Vamos iniciar um projeto interdisciplinar para dar continuidade ao nosso trabalho com vocês e implementá-lo com o objetivo de atingir o maior número de alunos e professores possíveis para debater assuntos de grande importância em nossa sociedade, tais como machismo, homofobia, racismo, xenofobia entre outros. Nesse sentido, é necessário que todos nós nos dediquemos para divulgar. Para começarmos a organizar nossas atividades, marcamos para hoje.
*Nosso encontro será no dia 13/07, às 19h.* Será por meio do canal de comunicação YouTube. Cuidem-se e forte abraço a todas e todos.

Link de acesso

https://www.youtube.com/user/Geogracinha

quinta-feira, 7 de maio de 2020

Orientações gerais.

Como estão todos e todas?
Se cuidando direitinho?

Estou aqui para avisar que as salas de vocês no class room estão criadas e as atividades serão realizadas pelo Google forms, ficará mais fácil pra todos nós.
Sabemos que somente os textos, as visitas virtuais aos museus e arquivos públicos e privados, assistir aos vídeos etc., não serão suficientes para realizar as atividades, para isso teremos algumas aulas virtuais, nas quais teremos que ter compromisso e dedicação. Daremos continuidade ao trabalho que já iniciamos em sala e, nas que não iniciamos, iniciaremos em breve. A pesquisa será o principal recurso que utilizaremos. Observar o blog é fundamental, identificar cada link, se familiarizar com o seu conteúdo e construir certa habilidade para explorá-lo. Claro, sempre podendo tirar suas dúvidas sobre o blog também.
Todas as dúvidas poderão ser sanadas por meio do recurso "tire suas dúvidas" no canto direito da página inicial abaixo dos links das salas.
Além do conteúdo de história, abordaremos também o projeto que havíamos discutido, o ERER.
Como é do conhecimento de vocês, trabalho em duas escolas, portanto, todo respeito neste espaço, pois teremos acesso de alunos, pais e comunidade escolar de outras escola e para além delas. Continuaremos tendo nossos momentos de descontração, risadas, mas sem perder o compromisso, a responsabilidade e o respeito.
Estamos juntos na rede.
Por enquanto é só.
Bons estudos!
E como sempre: divirtam-se!!

segunda-feira, 4 de maio de 2020

Em meio a pandemia do corona vírus e com meus sinceros sentimentos aos que perderam suas vidas por infinitos motivos. Mas gostaria de deixar minhas condolências aos familiares de Aldir Blanc, musico, escritor, poeta e cidadão brasileiro que definiu da seguinte maneira o modo de o Brasil se enxergar.

"O Brasil não conhece o Brasil
O Brasil nunca foi ao Brasil"

Um pouco de sua maestria poética em política. Sobre Herzog, ele afirmava que enquanto eles (que viveram com o jornalista) estiverem vivos ele também estará. "Vlado" se vai mais um pouco.
   

domingo, 3 de maio de 2020

Quando o coletivo entende as contradições e decide explicitá-las mostram que existe muito mais contradições e os interesses dominantes são mais tiranos do que podemos imaginar. A história é feita pelo ser que se faz ao mesmo tempo.  A construção do poder é o poder politico coletivo em construção.


Angela Davis.

Uns dizem que os direitos são naturais e inalienáveis. Outros, que só são garantidos por meio de uma intervenção do Estado autoritário. Mas nós dizemos que os direitos só existem se os conquistarmos.