A explosão do mundo e
suas partes constitutivas
O neocolonialismo foi a
porta de entrada para para o século XX aprofundando cada vez mais
suas contradições. Houveram quatro grandes fatos que
obrigaram o mundo a se posicionar politica, econômica e socialmente.
Destes, podemos dividi-los em quatro blocos importantes, são eles: 1- a formação das nacionalidades; 2- as duas
guerras mundiais; 3- as revoluções socialistas; e 4- o repugnante nazi fascismo.
Os Estados Nacionais demarcaram territórios, culturas, línguas, costumes, poder, força, desenvolvimento, progresso. Mas não acontece de maneira uniforme, existe vários processos distintos acomodado em seus próprios fatores históricos que cria suas particularidades. Podemos perceber quando estudamos a formação dos Estados Absolutistas. A importância desta análise é que ela nos remete aos interesses nacionais que estimulam a competitividade entre as economias capitalistas europeias que se formavam e disputam o comércio mundial buscando o maior percentual dos mercados de matérias primas, exportação de capitais e consumo de suas mercadorias. Neste sentido, existe um argumento de que as guerras eclodiram de
dentro das engrenagens do capitalismo em sua lógica de exploração
e acumulação de riquezas. A "Primeira Grande Guerra",
que após a disputa pela África, o alto investimento de capitais,
gastos com exércitos, conflitos localizados e a busca incessante por
riqueza, gerou, como naturalmente isso acontece no capitalismo,
por causa da concorrência dos capitalistas, um conflito de
interesses que foi chamado também de “Choque de imperialismos”.
Sendo assim, os estados nacionais em defesa de seus territórios não
titubeia em enfrentar qualquer que seja o povo, o país para garantir
sua riqueza.
Os governos assumem um papel importante, que, em ultima instancia, pode ser definido como defensor de direitos instituídos após a reorganização da sociedade, imputando sobre todos ordens de caráter ético e moral fundamentado no aspecto jurídico-político tendo como princípio a garantia da propriedade privada de forma assacada, criando a narrativa ideológica de que todos podem ter acesso a ela, ser grandes empresários. Assume caráter ideológico quando não explicita o centro de sua existência, a desigualdade. Sempre haverá a necessidade de que haja um número muito maior de trabalhadores para manter em conformidade as novas relações de classes definida pelas relações econômicas que fazem a manutenção do status quo da vida e da riqueza privada de alguns
multimilionários que têm nos governos a garantia da sua manutenção.
Por relação de classes chamaremos o conflitos de interesses entre as classes sociais modernas, trabalhadores e patrões que na tensão política desencadeiam profundos confrontos que passam pela legitimação da organização dos trabalhadores em sindicatos, partidos, associações, local de moradia etc., enquanto os patrões querem garantir seu poder mantendo-se o dono dos meios de produção (fábricas, grandes indústrias, grandes comércios) e exercendo forte influência sobre os meios de dominação política, como o Estado e todo seu aparato de intimidação e repressão a qualquer movimento que se manifeste contra o poder vigente, ou seja, da luta de classe dominante, a burguesia e seus agentes políticos, os parlamentares. A este conflito damos o nome de luta de classes.
E,
a segunda guerra, se dá em decorrência da primeira e das
transformações oriundas da grande revolução socialista e a
ascensão da desprezível face do capitalismo, o nazi fascismo. E
para entender as motivações, é necessário compreender os projetos
que fundamentam cada um deles.
As revoluções
socialistas assumem um caráter de libertação e visa romper com o
julgo e as imposições do capitalismo, suas
varias formas de exploração integradas que aproximam cada vez o mundo todo.
A primeira revolução
acorreu na Rússia, em 1917, país
atrasado do ponto de vista politico, pois ainda vivia sob os
interesses da monarquia absolutista dos czares e sua
economia de caráter agrário e a população jogada a sorte,
tanto na própria Rússia, como nos países controlados por ela, como
a Ucrânia, por exemplo.
Sobre a primeira
guerra.
Existem
dois elementos importantes para entender os conflitos entre as
“potências” europeias. De um lado temos a unificação e formação dos
Estados Nacionais e, por outro, movimentos de independência de
territórios que buscavam sua autonomia diante das potências.
Estavam
nesta corrida pela dominação do mundo e da economia, Inglaterra, França e Alemanha. A Alemanha, por sua
vez, ultrapassava os outros dois países na produção de ferro e na
fabricação de navios. Neste período temos um conflito conhecido
como Guerra Franco-prussiana, em 1870, a França disputava com
a Alemanha um território que estava localizado entre os dois países,
a Alsácia e Lorena, território rico em minérios, levando a queda
do império francês e a unificação da Alemanha, intensificando
suas diferenças na disputa do Marrocos. A Alemanha atravessa os
acordos realizados bilateralmente entre França e Inglaterra,
constrói sua via terrestres para a exploração da Ásia, a Estrada
de Ferro Berlim-Bagdá interferindo diretamente nas áreas de
controle Inglês. Os franceses, em descrédito, educavam-se sob a
ótica da Revanche buscavam se reaver com a derrota para a
Alemanha e retomar a Alsácia e Lorena.
Um
dos movimentos que ocorrem neste período em busca de se libertar do jugo imperialista ficou conhecido como o Pan-eslavismo. Este
se contrapunha ao domínio da Alemanha, Áustria-Hungria e império
Otomano, era fortemente influenciado pela Rússia que almejava colocar
em prática seu expansionismo, objetivando o controle dos estreitos
de Bósforo e Dardanelos, sob o domínio da Turquia para
ter acesso ao Mar Negro e ao Mediterrâneo. O Pan-eslavismo
foi um movimento encabeçado pala Sérvia e apoiado pela Rússia.
O mapa nos apresenta a Península Balcânica. Ela nos leva a reflexão em dois momentos
de conflitos conhecidos como a 1 Guerra Balcânica e 2 Guerra
Balcânica. A primeira ocorreu em 1912 com a aliança entre
Grécia, Sérvia, Montenegro e Bulgária para atacar o Império Turco
Otomano, que fora vencido. Em seguida, por desentendimento da Sérvia
e Bulgária, ocorreu, em 1913, a segunda guerra Balcânica. A Áustria
interviu impedindo a Sérvia de controlar o Mar Adriático, gerando
uma repulsa dos sérvios para com os austríacos. Nesse sentido
realiza-se a interpretação do estopim que deu início à primeira
Guerra Mundial.
Uma
organização secreta nacionalista chamada Mão Negra, em 28 de
junho de 1914, representado pelo estudante Gabriel Príncipe,
assassina o Arquiduque Francisco Ferdinando da Áustria.
Sistema de Alianças
Retomando os conflitos preexistentes como, por exemplo, a guerra franco prussiana e suas consequências, o isolamento da França e a neutralização da Rússia, Bismark temia a politica externa da Alemanha e suas consequências.
Para entender as guerras, ou melhor, para entender a composição dos blocos, "Tríplice Entente" e "Tríplice Aliança", que realizam ativamente a guerra, é necessário entender o contexto e a história a médio e curto prazos para trás. A formação das alianças acontecem pela forma que os pais ou territórios realizam suas politicas de crescimento. Neste caso notamos que os conflitos são permanentes na busca por ampliação de seus poderes, nesse sentido a formação dos Estados Nacionais representam a síntese dos ideias que se levantavam na prática do liberalismo politico e econômico e sua aplicabilidade frente os interesses antagônicos.
Houveram dois elementos importantes para entender as tensões europeias. Deum lado o armamento das potencias e por outro as tensões Anglo-Alemã, gerada pela corrida econômica, e os tensionamentos Russo-Austríaco por causa dos Balcãs.
As armas
Este fator é importante quando nos referimos ao alto investimento nas forças militares elevando seus contingentes e investindo na indústria de tecnologia bélica gerando gastos exorbitantes para o Estado. Isso gerava instabilidade econômica e riscos que os impunha a condição de aumentar seus avanços.
Para evitar que os conflitos acorressem por meio da Corte Permanente de Arbitramento buscaram realizaram duas conferências em Haia (Holanda), em 1808 e 1907.
Alianças e Acordos
A partir das alianças entre buscadas por Bismarck notamos seus intentos contra França com outros países que buscavam avançar nas suas conquistas.
A convenção de São Petersburgo entre a Austria, Prússia e Rússia, em Berlim que os alemães e os russos se auxiliariam caso fossem atacados por alguma potencia europeia. E, ainda que divergentes nos Balcãs, Áustria e Rússia assinaram o mesmo acordo, conhecido como Convenção de Schoenbrunn. Tiveram o apoio de Guilherme I, da Alemanha levando ao entendimentos os três imperadores. Em visita a Berlim e Viena, o rei italiano Vitor Emanuel I, demonstrou consenso com os impérios. A Alemanha apoiava o estado italiano num conflito contra o papado, o que leva a França a se posicionar em eu favor aumentando as tensões. Herzegovina e Bósnia tiveram uma revolta e aproveitando o momento, os búlgaros, reivindicaram sua independência levando a uma reação violenta da Turquia que ocasionou a intervenção de sérvia e Montenegro que declaram guerra a Turquia em 1876.
Já vimos anteriormente o significado e o sentido do liberalismo, seus idealizadores. O conceito de liberdade que perpassa pelas elaborações teóricas de tais personagens, não suprimem as desigualdades, a exploração, não preveem uma "disputa honesta" pela riqueza natural ou mercado promissores, mas que esta seja determinada pelo mercado e o este pelas classes sociais que detém a maior fatia da riqueza alcançada pelo caráter despótico de suas práticas colonizadoras e genocidas.
A guerra é consequência do intento colonizador da África e partilha de seu território. Isso não quer dizer que os africanos tenham assistido passiva e pacificamente a agressão que sofriam.
Ao longo de todo processo histórico de conflitos na Europa a politica de alianças já vinha sendo desenhada. Sendo constituída em duas frentes, uma a Tríplice Entente, cuja participação se deu com Alemanha, Itália e império Austro-húngaros desde 1882; e a Inglaterra, França e Rússia compunham o campo dos aliados. Sendo que, em 1894, Rússia e França realizaram um pacto militar e, em 1907, a França promovo um pacto entre Inglaterra e Rússia.
Acordos e crises internacionais
Como já foi citado nos parágrafos anteriores nos conflitos nos Bálcãs, a
partilhar d'África, mais especificamente no que diz respeito ao
Marrocos, que era um território livre deliberado em acordos totais. Isso
queria dizer que todos poderiam explorar esta terra por não ser
colônia, protetorado ou domínio de nenhum europeu. Porém, ameaçado por
acordo entre Inglaterra e França, em 1904, cujo trato era dar total autoridade a Inglaterra sobre o Egito e a França, com a poio da Grã-Bretanha, tomaria posse sobre o Marrocos.
Rapidamente a Alemanha, representada por Guilherme II, o Kaiser
(imperador) alemão, se posiciona, em 1905, e garante a independência do
Marrocos, nem que lhe custasse uma Guerra. Com tal declaração de guerra,
rapidamente os exércitos são mobilizados. Em 1906, em Algeciras, na
Espanha, num congresso internacional, reconhece-se a autonomia de
Marrocos, porem ficando claro e contraditoriamente , os interesses de
França sobre este território. Em 1911, em um novo acordo entre Alemães e franceses, no qual a Alemanha receberia parte o Congo Frances e a França anexaria o Marrocos.
O início da guerra
A primeira guerra mundial teve início em 1914 e seu período de duração foi até 1918. Importante destacar que todos envolvidos usavam o mesmo discurso para justificar suas ações, ambos estavam combatendo o mal. Conforme nos mostra Melo e Costa (2000) os pronunciamentos que soavam como demagogias imperialistas. Segundo Asquith, primeiro ministro britânico, declarava que:
"o princípio de que as nacionalidades menores não devem ser esmagadas pela vontade arbitrária de uma potência forte e dominadora".
O presidente francês, Poincaré, advertia que:
"a França não tinha outro objetivo senão preservar 'perante o universo a liberdade, a justiça e a razão".
Já o kaiser alemão justificava sua pratica como uma:
"cruzada em pro de uma cultura superior...forma de preservar a pátria contra a perversa política de cerco das potencias da Entente."
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