9.1 - Bim

 

 

        

Buscamos entender e compreender as lutas que buscavam uma autonomia plena ou parcial da política econômica da brasileira. Entretanto, notamos que seus desfechos não saíram como esperado devido à grande repressão sobre os movimentos de independência por parte da coroa portuguesa e seus agentes internos na própria colônia.

 Esses agentes eram basicamente os latifundiários e os oficiais da guarda nacional, do exército, enfim...elementos fundamentais que expressavam o domino português em solo brasileiro. Nesse sentido, é perceptível a postura entreguista das forças supostas nacionais. Entreguistas porque serviam aos interesses estrangeiros e nunca fizeram a defesa dos interesses internos do Brasil que tivesse como mote o desenvolvimento e a realização de uma nação que se formava. Portanto, o Brasil se forma e constitui de dois elementos básicos de reação à sua independência, são eles: os proprietários de terras que visavam a exportação de sua produção e os oficiais militares que não representavam os interesses nacionais.

Por outro lado, tivemos grandes feitos por parte daqueles que não compunham tais classes sociais. Mesmo os de origem europeia que ao longo do processo histórico de formação do Brasil se constituíam como brasileiro também tinham interesses antagônicos aos da coroa. Havia também os africanos traficados como mercadorias e subjugados como escravos, estes colocaram em prática fortes movimentos de resistência desde os Quilombos até a abolição, que como num ato de complacência e humanismo, a famosa princesa Isabel assina a alforria dos negros. A partir da modernização das relações sociais modernas, notamos que houve uma transformação no sistema de produção e na substituição da força de trabalho, daí alguns teóricos dizem que começa a luta antirracista no Brasil.

 

Seguindo os debates realizados por meio do conteúdo curricular ERER, como é definido o conceito de racismo estrutural?

 

Explique os seguintes conceitos:

- Regime de Colonato

-Renda fundiária

-Capital

- Salário

-Lucro

-Mais valia

 

O final do século XIX e começo do XX foi marcado por um intenso movimento dos trabalhadores que deu origem a uma grande organização sindical com participação de anarquistas e que, posteriormente, comunistas.  O período que antecede a “Revolução de 30” é marcada por incisiva participação dos trabalhadores na vida política do país.

 


-Explique o que foi o BOC que lançou como candidatos à presidência do Brasil, e 1929, o marmorista negro, Minervino de Oliveira e Otávio Brandão.  

BOC


Primeira Guerra Mundial

Devido a corrida em busca de riqueza os diversos impérios que se formaram às custas da exploração da África


O final do século XIX e a 1ª década do século XX na Europa, foram marcados por um clima de confiança e otimismo. Os homens da época tinham a sensação de que a Europa teria o domínio definitivo sobre todos os continentes. Porém, por trás dessa aparência de tranquilidade estavam presentes graves problemas econômicos.


Soldados franceses atacam alemães durante a Primeira Guerra Mundial. Foto de 1917.


O mundo encontrava-se dividido e submisso às grandes potências europeias e aos Estados Unidos. Não existiam mais territórios sem dono e as grandes potências brigavam entre si na tentativa de expandir suas áreas de dominação econômica e política.


A Revolução Industrial trouxe transformações importantes para a economia capitalista: surgiram as máquinas elétricas e os motores a combustão. As indústrias mais importantes extraiam petróleo, fabricavam aço, máquinas e navios. A competição capitalista estimulou o crescimento de algumas empresas; porém, levou ao fracasso muitas outras. Empresas mais fracas foram compradas ou faliram, enquanto que as grandes ficaram maiores ainda. Além da capacidade de destruição em massa, em larga escala, outro elemento é e suma importância, a comunicação. Sem ela a guerra não seria a mesma. Rádios comunicadores, os próprios jornais, os livros


Os chamados monopólios (grandes empresas) passaram a controlar os grandes setores da economia. Tais empresas queriam crescer e enriquecer cada vez mais. Desejavam matérias-primas (minério, algodão, cacau), força de trabalho barata (para as minas com salários reduzidos e altos lucros para os patrões), comerciantes e preços mais baixos para os mercados consumidores.


Para conseguir tudo isso as empresas (monopolistas) precisavam investir capital em outros lugares do mundo e criar impérios econômicos (principalmente em países de economia mais frágil) e tudo isso com a ajuda de seus respectivos governos.


Economistas alemães e ingleses do início do século XX chamaram essa nova fase do capitalismo mundial de Imperialismo. O choque de imperialismos acabou deflagrando a Primeira Grande Guerra Mundial. O Imperialismo estava ligado a dois fenômenos:

  1. Investimento de capital no estrangeiro
  2. Domínio econômico de um país sobre outros

Os países imperialistas colonizaram vastas regiões na África e na Ásia e justificaram as suas ações baseadas no racismo (“raça branca merece dominar as demais”), etnocentrismo (“brancos civilizados levam progresso aos povos primitivos”), darwinismo (“nações mais fortes sobrevivem e mais fracas, não”).


No começo do século XX, a indústria alemã estava ultrapassando a inglesa. Tanto alemães quanto ingleses não queriam competir no mercado e para acabar de vez com a concorrência, seus governos decidiram que uma guerra seria muito bem-vinda. Porém, era preciso convencer o povo de que não havia outra saída. Para tal “serviço de convencimento”, a imprensa foi fundamental, e cada país usava os jornais para tentar destruir moralmente o outro.


Em 1871, a Alemanha se tornou um país unificado, essa unificação se completou depois que os alemães derrotaram a França na Guera Franco-Prussiana. Como consequência, a França foi obrigada a entregar a região de Alsácia-Lorena, fato que levou os franceses a quererem vingança. A Europa estava a um passo da guerra e os países disputavam novas colônias. A situação se agravou ainda mais quando o arquiduque Francisco Ferdinando (herdeiro do trono austríaco) visitou Sarajevo. A população de Sarajevo odiava os austríacos e o filho do imperador austríaco resolveu desfilar de carro aberto pela cidade. Francisco Ferdinando foi Assassinado e esse fato é considerado a causa imediata da Primeira Guerra. Porém, vários outros fatores também contribuíram para o advento da guerra.


  • A construção da estrada de ferro Berlin-Bagdá: sua construção colocaria à disposição da Alemanha os lençóis petrolíferos do Golfo Pérsico e os mercados orientais, além de ameaçar as rotas de comunicação entre a Inglaterra e seu Império.
  • Pan-Eslavismo Russo (união de todos os povos eslavos sob a proteção da Rússia): o Pan-Eslavismo servia de justificativa para os interesses imperialistas da Rússia de dominar regiões da Europa Oriental habitadas por outros povos eslavos (poloneses, ucranianos, tchecos, eslovacos, sérvios, búlgaros, croatas...)
  • acionalismo da Sérvia
  • Conflitos originários da decadência do Império Turco
  • A Alemanha e a Itália eram imperialistas, queriam e precisavam de colônias, para isso precisariam tomar as colônias de outros países, já que não havia mais quase locais para serem dominados
  • Crises no Marrocos: alemães, ingleses e franceses disputavam essa área
  • Primeira e segunda Guerra Balcânica

Das rivalidades entre essas várias potências, surgiram dois sistemas de alianças. O que unia esses dois blocos era a existência de inimigos comuns:

  1. Trilice Entente (Inglaterra, França e Rússia)
  2. Tríplice Aliança (Alemanha, Império Austro – Húngaro e Itália)

A primeira guerra dividiu-se em 3 fases:

  1. Guerra de movimento: momentos iniciais do conflito. O jogo de Alianças e as hostilidades arrastaram vários países para o conflito
  2. Guerra de trincheiras: consistia na construção de trincheiras pelos alemães em solo francês. Nesse momento foram introduzidas novas armas como as metralhadoras e os tanques.
  3. Ofensivas


Em 1915, Japão e Itália entraram na guerra, porém, o primeiro se retirou do conflito após tomar os territórios alemães na China e algumas colônias. Em 1916, houve duas grandes batalhas envolvendo Franceses, Ingleses e Alemães:

  • Batalha de Somme (1 milhão de 100 mil mortos) 
  • e a Batalha de Verdun (600 mil mortos).
Os EUA vendiam alimentos, combustível, produtos industriais e máquinas para a França e a Inglaterra. Tudo pelo sistema de crediário (“compre agora e pague depois da guerra”).

Com o passar do tempo, a situação ficava pior (destruição, fome, miséria e matanças) e os EUA começaram a temer que a França e a Inglaterra não pagassem pelas mercadorias compradas dos americanos (os dois países deviam aos americanos quase 2 bilhões de dólares).


Com essa mentalidade, os americanos começaram a fazer uma forte campanha a favor da entrada do país na guerra.


Em março de 1917, os alemães afundaram alguns navios americanos que iam comerciar com a Inglaterra e no dia 6 de abril o Congresso americano votava favoravelmente a declaração de guerra à Alemanha.


Em 1917, várias propostas de paz foram lançadas por países e entidades neutras. O presidente dos EUA (Woodrow Wilson), em 1918, levou essas ideias ao Congresso no chamado “Programa dos 14 Pontos”.


Em março do 1918 (após a revolução socialista) o governo russo assinava a paz com a Alemanha e se retirava da guerra. Bulgária, o Império Turco e o Império Austro- Húngaro também seguiam o exemplo russo e se retiraram do conflito.


Enquanto os países se retiravam aos poucos do conflito, o povo alemão se rebelava contra a guerra.


Em 1918, a Alemanha foi transformada em República e o novo governo aceitou o armistício dando por encerrado o conflito.


Em 1919, iniciou-se a Conferência de Paris (no Palácio de Versalhes), onde seriam tomadas as decisões diplomáticas do pós-guerra. Os 27 países “vencedores” participaram da conferência.


O Tratado de Versalhes colocou de lado o “Programa dos 14 Pontos” e os “vencedores” impuseram duras penalidades à Alemanha:



A Alemanha perdeu suas colônias



Ficou proibida de ter forças armadas



Foi considerada culpada pela guerra



Teve que pagar uma indenização aos “vencedores”


Com tudo isso, a Alemanha perdeu muito dinheiro e mergulhou na maior crise econômica de sua história.


Na Alemanha, não havia mais imperador, agora o país era uma república democrática e esse período foi chamado de “República de Weimer” que durou até 1933, quando os nazistas tomaram o poder impondo um regime ditatorial.


Até então, essa foi a pior guerra que o mundo conhecera, foram 9 milhões de mortos e além deles, 6 milhões de soldados voltaram mutilados.


Além dessas, a guerra também trouxe outras sérias consequências.
Famílias destruídas e crianças órfãs



Os EUA tornaram-se o país mais rico do mundo



O império Austro-Húngaro se fragmentou



Surgimento de alguns países (Iugoslávia) e desaparecimento de outros



O império turco após 200 anos de decadência se dividiu



Em 1919, foi criada a Liga das N ações (sediada na Suíça); porém, pouco tempo depois ela fracassou



O desemprego aumentou na Europa


Quatro anos após a Guerra, a Europa já não era mais a mesma. Dentre as principais mudanças estão:



presidentes no lugar de príncipes, automóveis circulando pelas ruas, submarinos nos mares e aviões nos céus



O cinema e o rádio também começaram a se expandir



As mulheres tomaram consciência dos seus direitos e tornaram-se mais livres


Tudo isso caracterizava uma nova fase mundial, era o início de um novo século.




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